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I Congresso Internacional De Direito, Economia, Educação e Geopolítica acontece de 12 a 14 de novemb


Evento discute situação de refugiados à luz de conflitos políticos, religiosos e culturais; palestrantes nacionais e internacionais compõem programação


Por Eldo Pereira


Acontece na Universidade Federal do Ceará (UFC), de 12 a 14 de novembro, a primeira edição do Congresso Internacional De Direito, Economia, Educação e Geopolítica. Com o subtítulo “Refugiados, Transformações Globais”, a proposta é discutir a quantidade crescente de refugiados no atual cenário internacional, marcado por conflitos políticos, religiosos, culturais e econômicos. A programação será realizada na Faculdade de Economia da UFC.


O Congresso foi Idealizado por Karine Garcês, 44, estudante de Relações Internacionais e ativista cearense. Ela percebeu que eram poucos os debates relacionados ao campo e a sua própria expansão, atentando para o fato de que “nós mesmos somos pessoas que migram”, citando a população retirada de suas casas devido às guerras entre facções. Como ativista humanitária, realiza palestras em escolas públicas do Ceará e possui trabalho fotográfico sobre crianças refugiadas. Hoje, ela decidiu chamar atenção ao tema com a realização de um congresso internacional.


Desmistificar olhares

“Eu falei com o Fábio, porque muitas perspectivas são pouco abordadas, inclusive a econômica”, justifica. Fábio Sobral foi a primeira pessoa a ouvir a ideia. Ele é professor do Curso de Economia da UFC e abraçou o debate com empolgação. Ele fala do viés econômico da globalização, que tem muitos efeitos sobre os fluxos migratórios, e explica a importância da nuance econômica. “Muitas regiões foram empobrecidas, atacadas especulativamente. Ações geopolíticas jogam nações inteiras no caos. É o que causa o fluxo migratório de pessoas que lutam por suas vidas”.


“A principal solução é a possibilidade das pessoas se moverem sem barreiras”, ele conta. “Mas não pode haver desregulação social”. Fábio argumenta, ainda, que é preciso desmistificar as visões existentes sobre os refugiados. “Eles não tiram emprego de ninguém. O que tira emprego é uma atividade econômica baixa”. Karine Garcês reforça a ideia: “poucos dos refugiados do oriente são desqualificados, por exemplo. E é uma mão-de-obra pela qual um país não paga nada para tê-la”.


O papel do Ceará e do Brasil nas discussões

Para aproximar estas discussões do Ceará e do Brasil, também foram incluídos os debates sobre a situação dos indígenas e quilombolas. Dentre as atividades do evento, estão um ciclo de palestras, apresentações de trabalhos, mini-cursos e eventos culturais. Há cinco grupos de trabalho envolvendo desde a linha das migrações como refúgio até direitos internacionais e islamofobia, para os quais os estudantes podem enviar trabalhos. A expectativa é atrair cerca de 1500 pessoas, entre estudantes, professores e a comunidade em geral.

Também dentre as atividades que compõem a programação estão agendados o lançamento do livro de João Brígido, Perfil SócioDemográfico dos Refugiados no Brasil, e a participação do representante do Humanitarian Relief for Development, Ahmad Kayed, do Libano. O Congresso tem apoio do Instituto Latino Americano de Estudos sobre Direito, Política e Democracia; do Viès; da Comissão de Direitos Humanos da OAB e do Observatório da Nacionalidades, rede de pesquisa da Uece.


SERVIÇO

I Congresso Internacional de Direito, Economia, Educação e Geopolítica

Data: 12 a 14 de novembro de 2018

Local: Faculdade de Economia da Universidade Federal do Ceará

Endereço: Av. da Universidade, 2431 - Benfica, Fortaleza - CE, 60020-180

Inscrições e mais informações: www.refugiadosglobais.com.br/ - (85) 3366-7827


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